Um trio de caixas transparentes dá contorno a uma encantadora residência na Austrália.
Por: Cristiane Teixeira Fotos: Tess Kelly | MMM
A abertura para a vizinhança, ideia que norteou o projeto da That House (ou Aquela Casa, em bom português), é meu ponto de partida hoje. A maneira como cada coisa se integra em algo maior – desde uma estante na sala que a acolhe até uma casa na paisagem – pode mudar nossa percepção dos espaços.
No caso desta residência construída em Melbourne, no litoral sul australiano, o resultado é um convite à comunhão. Já que as paredes voltadas para a rua são inteiramente de vidro, de forma que interior e exterior se comunicam. O mesmo acontece com a fachada de trás, aberta para a área de lazer. Repare como não há obstáculos à visão: quem está na piscina consegue enxergar quem passa em frente ao endereço. E vice-versa. Quando se quer privacidade, basta acionar um sistema de persianas internas.
“Alone, together”, ou “sozinho, junto”, é a chave para pensar a relação espacial ideal entre os moradores. “Em termos simples, nós queremos espaços individuais dentro de espaços compartilhados”, explicam os arquitetos do escritório Austin Maynard Architects. O equilíbrio entre privacidade e proximidade orientou a concepção das áreas, buscando assegurar a cada um a possibilidade de fazer suas próprias atividades sem isolar-se da família.
No andar térreo, essa ideia resulta em uma planta aberta composta de ambientes menores, delimitados pela disposição dos móveis. A escada, ainda que vazada, é outro discreto divisor. Embora a casa pareça ostensivamente integrada, os arquitetos garantem que enquanto alguém lê calmamente na sala, outro familiar assiste TV e outros dois conversam animadamente sentados à mesa de jantar. Não há uma sala para isso, outra para aquilo e outra para mais não sei o quê.
Isso porque os autores acreditam que, se os ambientes da casa podem se adaptar para atender a diversos usos e condições, não existe a necessidade de construir um projeto com excesso de cômodos. Como é tão comum na Austrália. É por isso que, apesar de seus confortáveis 255m², esta moradia tem a metade do tamanho de suas vizinhas. Mas, na família, ninguém se queixa de falta de espaço interno estando tão conectado ao cenário externo.
Para os profissionais do Austin Maynard Architects, casas menores são ecologicamente responsáveis. Isso porque exigem menos área, menos infraestrutura urbana, menos aquecimento ou resfriamento e por aí vai. “Em resumo, casas grandes demais são um desastre ambiental para nossas cidades e também um desastre cultural e social para nossas comunidades”, afirmam.
Da arquitetura para a decoração
A ideia de deixar tudo exposto, tudo em evidência, orientou a minha busca por móveis no site da Meu Móvel de Madeira. Assim como em uma casa transparente, a organização dos nichos e prateleiras é obrigatória para trazer conforto visual.
O Guarda-Roupa Infantil Nuvem não tem portas, o que ajuda a criança a visualizar e escolher as peças que vai vestir. Os cabides ficam a pouco mais de 1m de altura, então logo a criança consegue alcançá-los.
Nichos abertos sob o colchão deixam a mão livros de leitura, relógio, um copo d’água e até os chinelos. Assim é a Cama de Solteiro Libro. Sob o estrado, dois grandes compartimentos são perfeitos para guardar edredons e malas.
Ainda para os quartos, gosto da proposta da Cômoda Closet Setorize, da linha assinada em parceria com a personal organizer Micaela Góes e o Estúdio Baobá. Camisas, calças, casacos e até vestidos mais longos têm lugar pendurados na arara, enquanto gavetas de diferentes tamanho e um nicho acomodam peças dobradas e sapatos. Gostou? Saiba mais sobre a Linha Setorize aqui.
O Balcão 2 Prateleiras Petit é daqueles curingas que servem em qualquer ambiente da casa. No banheiro, acomoda toalhas e itens de higiene; no quarto, acessórios, brinquedos e livros; na cozinha, utensílios domésticos; na sala, bebidas e copos; na lavanderia, materiais de limpeza. Que função você daria a esse móvel tão versátil?
Fecho esta seleção com a Sapateira Módulo, que vem num kit com duas unidades empilháveis, como na foto (é possível empilhar até quatro módulos). Reparou que há lugar para botas de cano médio e alto? Se você não gostar de circular pela casa com os calçados sujos da rua, uma sugestão é deixá-la perto da porta, acessível até para as visitas. Aproveite e veja 5 formas diferentes pra pra organizar seus sapatos!
Mente aberta, casa aberta!
Beijo