A França venceu a Copa do Mundo e, por isso, um projeto no país fecha esta curta série de posts em homenagem à mais importante competição de futebol
Por: Cristiane Teixeira Fotos: rbrengues photo
Na Rússia, a seleção francesa provou aquilo que já se sabe: misturar jovialidade – como a do atacante Mbappé, de 19 anos – e experiência – como a o goleiro Lloris, de 31 – é uma fórmula que dá certo.
E dá certo também na arquitetura, tanto em relação a quem a pratica como em relação ao que se faz. Hum, ficou confuso? Eu explico melhor e, para isso, tomo como exemplo um projeto assinado pelo escritório Brengues Le Pavec Architectes, a Maison MSR, em Montpellier, no sul da França.
O velho sobrado com três andares, dono de telhados que arquitetos de estilo contemporâneo preferem renegar, foi reformado e modernizado sem perder sua identidade original, como se percebe pelas fotos do antes (abaixo).
É uma casa em que dá vontade de entrar e viver, nada além daquilo que os capitães do Brengues Le Pavec buscam, como afirmam em seu website: “O objetivo é criar uma arquitetura verdadeira e viva, libertar-se da ideia de uma atmosfera considerada fria que a arquitetura contemporânea pode criar”.
A lareira foi transferida de uma das fachadas para o miolo da casa e, dessa forma, o projeto conseguiu abrir um extenso vão preenchido por caixilhos de madeira envidraçados. Isso significa mais iluminação natural e maior conexão com o jardim e a piscina – princípios caros à arquitetura contemporânea, é bom lembrar.
Outra característica bem atual é a integração dos ambientes: paredes foram demolidas no térreo, o que possibilitou uma generosa área social com biblioteca, estar, sala de jantar e cozinha.
A cozinha, aliás, é discretíssima, identificada apenas pela coifa e pela grande ilha preta onde pia e cooktop se juntam a gabinetes baixos. Outros armários, assim como geladeira e mais eletrodomésticos, ficam ocultos atrás de portas brancas que vão do chão ao teto.
Os ambientes íntimos também mudaram, mas sem a preocupação de se fazer um banheiro para cada quarto: suíte é só uma, com direito a chuveiro e banheira separados.
Diferentes formas de iluminar – spots embutidos ou sobrepostos ao forro, pendentes, abajures de mesa e de chão, arandelas – mostram seu valor quando a claridade do dia não basta ou quando se deseja criar uma atmosfera ainda mais calorosa e amigável.
E para esse clima aconchegante também contam pontos todos os elementos de madeira presentes na casa. Entre esses, o que mais chama a atenção é o piso, formado por tábuas bem rústicas que um dia revestiram vagões de carga.
Da arquitetura para a decoração
Já que a casa de Montpellier foi repaginada sem esconder suas raízes no passado, segui o mesmo critério em minha seleção, escolhendo peças de design retrô que têm forte apelo contemporâneo. E encampei a confortável paleta de tons claros, mas quentes.
- Armário aéreo Sabor Caseiro, da MMM
- Cadeira Biscoito Fino, da Oppa
- Estante Charme, da MMM
- Sofá Bump, da Oppa
- Almofada de crochê Cobogó, da MMM
- Manta com franja Figo, da Oppa
- Arandela Lírio Cobre, da Oppa