Ou melhor, partes da fachada giram 90 graus na Sharifi-ha House, um projeto desenvolvido no Irã
Por: Cristiane Teixeira Fotos: Parham Taghioff, Salar Motahari e Majid Jahangiri
Sete andares, 1400 m², US$ 9 milhões gastos no projeto e na construção da Sharifi-ha House. Os números que contam esta história impressionam tanto quanto o design da casa implantada em um bairro luxuoso da capital iraniana, Teerã. E o que mais chama a atenção são os três blocos rotatórios de madeira que ao toque de um botão se movimentam e transformam a fachada.
Quando abertos, esses blocos mostram sua face envidraçada para a rua e, ao mesmo tempo, deixam espaço, em cada um dos três andares em questão, para um terraço com guarda-corpo de vidro. O mecanismo que permite mover os blocos é igual aos mecanismos usados para girar cenários teatrais e plataformas em exposições de carros.
As linhas retas e os materiais empregados – concreto, madeira e aço – apontam para o estilo arquitetônico contemporâneo do Next Office, escritório baseado em Teerã. Mas o arquiteto que liderou a criação, Alireza Taghaboni, não esconde a inspiração na cultura local e no jeito de morar da porção central de seu país.
Em uma entrevista à rede americana de televisão CNN, Taghaboni fala sobre a introversão natural dos iranianos e sobre acertar na medida da extroversão. Esta casa reflete essa dualidade e, ao mesmo tempo, se adapta à grande variação de temperatura típica do lugar.
“Durante o verão, a Sharifi-ha House se torna um volume aberto, transparente e perfurado com grandes terraços. Por outro lado, durante o rigoroso inverno de Teerã, o volume se fecha, tornando-se um bloco de aberturas mínimas. Nesse projeto, os desafios associados a uma tipologia introvertida/extrovertida levaram a uma transformação espacial emocionante de um edifício residencial sempre em mudança”, diz o arquiteto. Quarto de hóspedes, escritório e sala de jantar podem ser reconfigurados conforme a necessidade.
A planta
Os sete andares da construção têm em comum um pátio central que remonta às casas tradicionais do interior iraniano. Esse pátio, coberto de vidro no alto, é fonte de luz para todo o interior e potencializa a claridade que chega aos dois pavimentos do subsolo através de um espelho-d’água transparente construído entre o muro e a casa, no jardim da frente.
Os dois andares inferiores abrigam piscina, academia e outras áreas de convivência. O térreo concentra a garagem e os ambientes de serviço. No primeiro e no segundo pavimento ficam os espaços de estar e jantar, enquanto as suítes ocupam o terceiro e quarto nível.
Da arquitetura para a decoração
Se até uma construção pode ser mutável, porque os móveis não o seriam? As Camas Till Up são um bom exemplo. Além de gavetas nas laterais e baú na peseira, as camas da linha, possuem uma mesa de cabeceira embutida – se houver espaço no quarto, você pode movê-la e deixá-la ao lado da cabeceira.
Feitos um para o outro: Estrado para Jardim Vertical e Cachepô Florescer. Você compra as peças separadamente, adicionando quantos cachepôs quiser.
Recém-lançada, a linha Setorize by Micaela Góes, em parceria com o Estúdio Baobá, é formada por móveis que ajudam a organizar a vida. A Escrivaninha Setorize é um deles. Ela conta com módulos e gavetas de vários tamanhos, aproveitando o espaço vertical.
Assim como a Sharifi-ha House tem cinco andares acima do solo (e dois abaixo dele), a Estante Alta Rio dispõe de cinco prateleiras. Toda estilosa, vai bem na cozinha, no home office, na sala ou onde mais você quiser.
Ah, como eu gostaria de ter a criatividade de arquitetos e designers para bolar construções, móveis e acessórios tão inteligentes! Aproveite, e acompanhe a série aqui!
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Beijão,
Cris.