Por: Cristiane Teixeira
Esta casa na França une o telhado inclinado e as paredes de madeira típicos das construções alpinas à base de concreto mais contemporânea
Não interessava nem aos clientes nem à arquiteta Alireza Razavi, do escritório francês Studio Razavi, ocupar o terreno na vila de Manigod, no leste francês, com mais um dos tradicionais chalés que compõem a paisagem alpina local. Mas as regras de construção em Auvergne-Rhône-Alpes são tão rígidas que determinam até a inclinação e altura do telhado, os materiais utilizados, o tamanho das janelas… O que fazer, então?
Reinterpretar essas características de modo contemporâneo foi a saída de Alireza. Mas não sem antes procurar descobrir a essência das construções da região, como explica: “Tomamos o cuidado de analisar edifícios históricos para entender o que suas formas conquistaram e como moldaram a cultura arquitetônica local”. Na sequência, as informações obtidas foram integradas ao projeto de 200 m², “evitando os elementos artificiais e obsoletos, assegurando que a construção fosse totalmente compatível com as diretrizes impostas”.
O time do Studio Razavi conseguiu obter das autoridades locais permissão para usar concreto na base do chalé, ao contrário de pedras, como se faz normalmente em Manigod. Acima dessa base – onde ficam a garagem coberta, a entrada e uma sala com equipamentos e roupas para esqui –, ergueu-se uma cabana de madeira com quartos e banheiros no primeiro andar e ambientes de estar e cozinha no segundo.
O exterior do chalé antecipa a divisão de funções, já que o revestimento de tábuas de pinho foi disposto em diferentes direções: horizontalmente na área íntima e verticalmente no nível social. O segundo andar é um pouco maior que o de baixo. Dessa forma, protege as janelas dos quartos da incidência direta de sol a pino. Já as saliências na fachada frontal evitam que a neve se acumule.
Nesse mesmo nível social, como a varanda integra o corpo da casa e o janelão da sala aparece recuado, foi possível desenhar um telhado sem beirais, mais coerente com a arquitetura contemporânea praticada pelo Studio Razavi.
Internamente, o aconchego impera. A textura da madeira usada no acabamento aquece o visual e apenas em alguns pontos sua hegemonia é interrompida por superfícies pintadas, sempre em tonalidades escuras e naturais.
No andar ocupado pelos ambientes sociais, o pé-direito alto e as grandes abertura valorizam a luz natural e a paisagem, enquanto o espaço integrado convida ao convívio. Já no andar de baixo, pé-direito e janelas reduzidos potencializam a sensação de acolhimento bem-vinda nos quartos.
Fotos Olivier-Martin Gambier e Simone Bossi/Reprodução do Dezeen
Da arquitetura para a decoração
O frio desses dias de junho e as imagens do chalé nos Alpes franceses só me fazem pensar em aconchego. E com essa sensação vem o desejo de estar próxima de uma lareira, envolvida em cobertores, bebendo vinho e vendo filmes. Portanto, minha seleção de peças da Meu Móvel de Madeira vai por aí.
Para começar, eu precisaria de um sofá grande e confortável, como o Beatitude, com quatro lugares e revestimento de veludo.
E usaria muitas almofadas. Duas sugestões de modelo: Urbano e Grafiato.
Entre os móveis para TV, acho que o Rack Garbo faz bela parceria com o sofá.
Para finalizar, precisaria de uma adega – poderia ser um Painel Kira, que comporta algumas garrafas e taças.
Hum, não vejo a hora de poder curtir o frio como se deve!
Boa semana!